sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

É natal, 
Tudo está vermelho, 
o teu sutiã bordado de ouro 
e tua calcinha de alguns dedos 
tua boca deliberadamente vermelha 
e essa deliciosa maçã fincada nos teus caminhos
hoje é dia partilha e estamos fartos de sonhos
a casa vermelha, incendeia e nós nos ceiamos. 

Alexandre Lucas

Para os meus/minhas camaradas de luta... 

Enquanto você se desespera em desaforos 
Eu planto um pé-de-feijão 
Enquanto você bate bum, bate bum , bate bum, bate um , bate bum 
Eu faço uma canção 
Enquanto faz seca 
Preparo a terra com várias mãos 
Afiadas de desejos 
Para adubar a vida 
E construir a revolução. 

Alexandre Lucas

Meu corpo arqueia em delírios 
Ao pensar no teu toque
Acho-me em tua boca
Pele 
Coxa 
Seio 
Ventre 
E no teu gosto gemido 
Entre línguas e pedidos 
Adentro no teu espaço 
Cedido para encontrar com a lua, às estrelas e dançar com o sol. 

Alexandre Lucas

Engula-me com vontade 
Somente me inclua 
Quando se fizer mar dentro de ti 
E teus olhos brilharem como cristal
teus dentes morderem teus lábios
e teus braços quiserem a performance dos meus abraços. 

Alexandre Lucas


Enquanto chove 
Pingo sobre a pele o nosso deleite 
Teus olhos cansados pedem silêncio 
Teu corpo ainda trepida 
Entre pausas e gemidos 
Leves sorrisos 
E um lençol de gozo queridos. 

Alexandre Lucas
É natal, 
Tudo está vermelho, 
o teu sutiã bordado de ouro 
e tua calcinha de alguns dedos 
tua boca deliberadamente vermelha 
e essa deliciosa maçã fincada nos teus caminhos
hoje é dia partilha e estamos fartos de sonhos
a casa vermelha, incendeia e nós nos ceiamos. 

Alexandre Lucas

Para os meus/minhas camaradas de luta... 

Enquanto você se desespera em desaforos 
Eu planto um pé-de-feijão 
Enquanto você bate bum, bate bum , bate bum, bate um , bate bum 
Eu faço uma canção 
Enquanto faz seca 
Preparo a terra com várias mãos 
Afiadas de desejos 
Para adubar a vida 
E construir a revolução. 

Alexandre Lucas

Meu corpo arqueia em delírios 
Ao pensar no teu toque
Acho-me em tua boca
Pele 
Coxa 
Seio 
Ventre 
E no teu gosto gemido 
Entre línguas e pedidos 
Adentro no teu espaço 
Cedido para encontrar com a lua, às estrelas e dançar com o sol. 

Alexandre Lucas

Engula-me com vontade 
Somente me inclua 
Quando se fizer mar dentro de ti 
E teus olhos brilharem como cristal
teus dentes morderem teus lábios
e teus braços quiserem a performance dos meus abraços. 

Alexandre Lucas


Enquanto chove 
Pingo sobre a pele o nosso deleite 
Teus olhos cansados pedem silêncio 
Teu corpo ainda trepida 
Entre pausas e gemidos 
Leves sorrisos 
E um lençol de gozo queridos. 

Alexandre Lucas

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

E nossas vozes de cantos gemidos
Massagearam a madrugada
Em  suculenta sedução
Tocar os céus e sentir o sol do teu fogo
As tuas lambidas de massagem vibrantes
E tua respiração descontrolada
Aclama o teu revirar de olhos
Em curto-circuito de sorridente orgasmo.

Alexandre Lucas   

Que os corpos possam bailar
Na leveza das almas
Que os braços se façam abraços
E que a pele se toque como visgo
E que a vida se refaça
Na composição do aconchego
dos teus encantos.

Alexandre Lucas  

Teu peito severamente bicudo de prazer
Deleita sobre o teu decote franzino
Debulhado  vai sendo modelando
Em ponta de língua
E a casa se desfaz
E a noite sussurra  no encontro da alvorada.

Alexandre Lucas    

Enquanto no corredor
Cruzavam pessoas 
Estava ali sentada de pernas cruzadas
Friccionadas, em ponto de fervor 
lendo um poema erótico 
Que desenhava em palavras 
O desejo de dedilhar
De pensar em abusar
E de nos lambuzar 
Sentir sem cessar 
A tua voracidade 
Em te saborear 
Assim o poema acabar 
apavorado de desejo. 

Alexandre Lucas

Contigo, contigo, contigo, contigo e contigo 
Criei os mais sofisticados sonhos, construir casas e jardins 
Planejei uma primavera infinita 
De tão doce e envolvente o amor 
Peguei na argamassa para fazer cada tijolo 
De tão meloso fiz tijolos de mel
E no primeiro inverno o doce se espalhou pelo mundo
Como um poema de açúcar. 

Alexandre Lucas

Sinto a tua língua presente
Na racionalidade de teu prazer insano 
O decote das tuas vontades foi rasgado
Põe-se nua e decisiva, 
Agasalha freneticamente minha metade 
Trêmula e insaciada 
Galopa até as estrelas. 

Alexandre Lucas

Na calmaria da noite quente
Os pudores desejaram
A nudez da sacanagem 
Selvagem ,
A carícia firme do teu mexido 
Tua voz compassada e despolida 
A palpitação do teu gozo
O teu coração e o teu gemido 
Delicioso. 

Alexandre Lucas

Sinto a tua língua presente
Na racionalidade de teu prazer insano 
O decote das tuas vontades foi rasgado
Põe-se nua e decisiva, 
Agasalha freneticamente minha metade 
Trêmula e insaciada 
Galopa até as estrelas. 

Alexandre Lucas

Debulhar com cuidado e sem pressa
Cada botão do contorno do teu corpo 
Sentir a profundeza da tua respiração 
E o abraço dos teus olhos 
A tua pele doce sendo percorrida
A língua sendo navegante 
No êxtase da cumplicidade 
Desaguados nos caminhos do amor

Alexandre Lucas

Os planos se desmancham
A noite passa... Como se não quisesse terminar 
O pranto é o único aliado
O silencio goteja lágrimas 
Chove aqui dentro
Lá fora está tudo seco...
As esperanças rastejam 
Por hoje. 

Alexandre Lucas

Qualquer som irrita
Quando a flor está rasgada na pele 
Quando o cansaço se alojar como bala no peito 
Quando todos se fazem neutros, 
E você só enxerga cinza, 
A casa se torna imensa 
Tal qual a solidão do seu universo 
Tudo é motivo de inquietação
Até mesmo o mexido do vento
Em tempos de calor. 

Alexandre Lucas

A minha morte é tão viva
Que desisto de carregar o peso 
de esquecer o fardo...
de insistir com a gentilezas 
que confunde as cabeças
a morte é tão dura 
que sigo como Pau-d’arco
duro e vegetal.
Mas há de ter outro dia 
Em que gentileza não confunda 
Que a fraternidade seja um bem comum 
e a verdade seja imperativa, não um temor 
E as flores nunca tenham a beleza plástica
E o carinho não tenha propriedade 
Que as casas sejam povoados de sonhos e de gente 
Assim a vida será tão viva. 

Alexandre Lucas

Amanhã eu posso está morto 
Serei mais um silva 
Na fila Severina 
Meus diamantes que nunca tive 
Estão empoeirados de uma labuta sem fim
O horizonte está embaçado
Os olhos estão ardendo de sal e água
A única luz que vejo é a do poste na minha frente 
A noite está sagrando 
E parece mentir 
A poesia pode amanhecer cinza
E o Poeta mudo
E a casa lavada de sonhos e tomentos. 

Alexandre Lucas

O tempo está quente 
Teu meio parece uma nascente 
Que molha tuas bocas E Acaricia o olhar, o nosso sentir 
Olhos que se envolvem corpos que se penetram 
E deliciosamente se acariciam
Em diálogos ensolarados. 

Alexandre Lucas


Desculpe, os meus desejos sentem fome
Minha língua aguarda tua massagem
Meu corpo quer tuas marcas
Uiva palavras doces e libertárias
mas desprolonga a fome gritante da minha alma. 

Alexandre Lucas

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Quero-me casado comigo. 
Com o todo o meu abuso, 
eu me suporto e eu me obrigo
Faço a minha comida com o tempero que eu quiser 
Sem pitada de pitaco de ninguém 
Lavo as minhas cuecas brancas, vermelhas e encardidas 
E faço o meu café sem coar 
Acendo incenso e tenho minha tralhas 
sou dono das minhas verdades, incertezas e migalhas 
Tenho minhas manias e meus ajeitados
Abro a minha casa para arte e para política e passo dias vivendo isso, 
é a chatice que eu adoro 
Faço tudo no meu tempo, 
E corro de confusão
Sou a pessoa mais gentil, a mim mesmo 
Não me obrigo a opressão
Sou andarilho de mim, digo esquisito mesmo 
pássaro passageiro casado consigo mesmo. 

Alexandre Lucas

Destilação de veneno 
Após potes de geleias
de holanda maconha 
transtorno transcendental
Deus como desculpa 
da sua insana loucura. 
Alexandre Lucas 

Migalhas homeopáticas de afetividade 
Trava a sensualidade, 
Tenho sede para beber toda felicidade de sussurros
Envolver-me nas tuas penas em malabares musicais 
Pular até a lua e se entorpecer com o brilho das estrelas
Desafiar a língua afiada a te bulinar 
Sentir o mel dos teus gemidos 
A acariciar a minha alma. 

Alexandre Lucas



Estou aqui, liberto, 
com os sonhos pendurados em algum canto
aguardando os toques das suas palavras insanas de desejo 
meu cansaço te pede completa, entrincheirada e disposta a me engolir 
Ponhamo-nos na mesa e a deixemos sem nenhum grão de nós. 


Alexandre Lucas