segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Desenhe sobre meu corpo
com penas e desejo em fogo
mas antes tomemos sorvete
Coloca-me nos braços dos teus risos
e pronuncia dez mil vezes a palavra gozo.

Alexandre Lucas

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Decreto a politica do meu corpo
Ele é meio de produção, de risos leves, dentes afiados e satisfação
É socialização restrita
É  propriedade exclusiva da minha liberdade.    
Não haverá participação popular
Mas a individualidade será fraterna.
E o amor será coletivo.

Alexandre Lucas 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015


Guarde a sua buceta
Preciso  de mãos firmes e companheiras
Palavras convictas e olhos brilhantes
Risos,  antes de qualquer gemido
Pernas para caminhadas e resistências
De um vaso de flor  e de cartas de amor
De um passarinho para cantar livre
De um livro fraterno comungado na cama
 De uma poesia soprada e uma conversa na praça
E após olhamos a alma com lunetas
 tua buceta desabrochará como uma flor.  


Alexandre Lucas 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Acordar cedinho
Tecer
Fios de pernas e mãos bailarinas
Ficar de olhos fechados
Sentido o entrelaçar
Do corpo quentinho
Molhado com doce
De carinho.


Alexandre Lucas 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Hoje dois sorvetes bastavam
Um para  minha cara e outro para tua
Detalharia todos os teus contornos
 e me abriria de risos
Permita-me dois sorvetes apenas
O tempo esquentou
 E com ele o meu corpo
 E os meus desejos tocam fogo.


Alexandre Lucas 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Enquanto esperava o trem
Construir um jardim
Com delicadeza  e promoessas
O trem veio
Tinha que partir
O jardim estava entre os trilhos


Alexandre Lucas