segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Que todos os dias sejam de tratamento
Que a cada ano novo
a humanidade seja o mais eficaz remédio da fraternidade
Reacenda todas as  necessárias luzes, que promovam a esperança
Lute no seu tempo
Se fizer frio ou calor
Manifeste
Escreva dos amores e das dores
Sem pontos finais
Lembre-se que os versos da vida, não são uma composição da literatura
As regras são outras
E a gramática social
Não é evolutiva e normativa.
A subversão é sempre
O anúncio das rupturas
Tratemos de estabelecer a nossa ordem.

Alexandre Lucas



Acordar
No tempo necessário
Sem a pressa dos relógios capitais
Abrir
os olhos e acreditar 
Que a utopia é o primeiro alimento  de cada manhã
Levantar
Faz frio e os olhos querem descansar mais um pouco
Fiquemos de pé
A vida exige andar.

Alexandre Lucas

Já é tarde,
O silêncio conversou durante toda a noite
Aproveitei  para mastigar
Algumas frutas azedas
E na conversa inquieta
Pincelei no papel 
Traços desfocados
Deitei dentro de um quadrado
Resfriado , senti a cada espirro, um vazio.
E a noite vaza, como se estivesse  gotejando  lágrimas.

Alexandre Lucas

Turbilhões de ideias
Tinta, agua, cores, parede, cama, risos, mãos e  pernas
Pintavam o imaginário de prazer
Mas no meio da tela
Infinitas palavras em caixa alta e inúmeras fórmulas matemáticas
Atrofiavam as ideias
A dislexia e a discalculia
Caminhava em supremacia.

Alexandre Lucas

Meu corpo do teu se separa
Entre a terra e a lingua
Um desconforto
E as nossas almas se negam
Mesmo quando não se apartam

Alexandre Lucas

Até então passava despercebida
Mas os olhos fizeram uma carta de confissões
Reservo-me ao direito de observar as linhas não ditas
E imaginar as linhas corpos
Escritas na palma dos desejos.

Alexandre Lucas

Vestido de silêncio
Pronuncio desejos
Retiro a roupa
Para sentir o gosto da maçã
Vermelho, faço caminhos
Falo
Não apenas falo
Em silêncio guardo um turbilhão de duvidas.

Alexandre Lucas

Na rede nos debulhamos pela ultima vez
Teu corpo deliciosamente encaixado
Balançava para acordar o   fogo
Chama que hora e outra acende
No quarto te vejo pelas paredes
Como as lembranças velozes
Dos teus gemidos
Das tuas pernas
Dos teus saborosos gritos
Forte, rápido,  com todo prazer.
Uma música como chá para acalmar os ânimos
E nas lembranças a  rede balança. 


Alexandre Lucas

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